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2012 - Livro Vermelho 2013

Aralia warmingiana (Marchal) J.Wen LC

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 11-06-2012

Criterio:

Avaliador: Danielli Cristina Kutschenko

Revisor: Tainan Messina

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

Aralia warmingiana é uma espécie arbórea ocorrente em ambientes de MataAtlântica, Caatinga e Cerrado nos Estados daParaíba, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Possui uma EOO de 777.751 km². Apesar da espécieocorrer em áreas de grande interferência antrópica, esta ocorre em diferentestipos vegetacionais e apresenta uma distribuição ampla. Desta forma, A. warmingiana é uma espécie "Menos preocupante" (LC).Porém, maiores estudos populacionais e de exploração poderão futuramentelevá-la a uma nova avaliação.

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Aralia warmingiana (Marchal) J.Wen;

Família: Araliaceae

Sinônimos:

  • > Aralia fluminensis ;
  • > Coemansia warmingiana ;
  • > Coudenbergia ulei ;
  • > Coudenbergia warmingiana ;
  • > Coudenbergia warmingii ;
  • > Pentapanax ulei ;
  • > Pentapanax warmingianus ;

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

​Descrita em Brittonia 45: 54. 1993.

Potêncial valor econômico

Espécie com potencial madeireiro (Ruschel et al., 2003).

Distribuição

Ocorre nos Estados da Paraíba, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Santa Catarina (Fiaschi, 2012); entre 530-910 m de altitude (Lopes et al., 2012)

Ameaças

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes Mais de 25 milhões de pessoas, aproximadamente 15% da população do Brasil, vivem na Caatinga. A população rural é extremamente pobre e os longos períodos de seca diminuem ainda mais a produtividade da região, aumentando o sofrimento da população. A atividade humana não sustentável, como a agricultura de corte e queima que converte, anualmente, remanescentes de vegetação em culturas de ciclo curto além do corte de madeira para lenha, a caça de animais e a contínua remoção da vegetação para a criação de bovinos e caprinos tem levado ao empobrecimento ambiental, em larga escala, da Caatinga. Os bovinos e caprinos foram introduzidos pelos europeus no início do século XVI e rapidamente devastaram a vegetação da Caatinga, não adaptada à pastagem intensiva. O número estimado de cabeças desses animais, atualmente, é de mais de 10 milhões e já são reconhecidos núcleos de desertificação associados ao sobrepastejo e, principalmente, ao pisoteio dos mesmos. Desde o início da colonização européia, as áreas de solos mais produtivos também foram convertidas em pastagens e culturas agrícolas. As florestas de galeria foram largamente substituídas por formações abertas nos últimos 500 anos, afetando o regime de chuvas local e regional e levando ao assoreamento de córregos e até mesmo de grandes rios. Rios anteriormente navegáveis, que permitiam o transporte de animais e madeira do interior do país, estão, agora, sazonalmente secos. Por fim, as técnicas de irrigação desenvolvidas nas últimas décadas para a fruticultura e plantações de soja têm acelerado o processo de desertificação. Todos esses usos inapropriados do solo têm causado sérios danos ambientais, p. ex., a desertificação já atinge 15% da área da região e ameaçado a biodiversidade da Caatinga (Leal et al., 2005).

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes A retirada da cobertura vegetal, visando a utilização da área para a agricultura, pastagem, extração de madeira e ocupação humana para agricultura, ao longo dos últimos dois séculos causou a destruição da maior parte da Mata Atlântica, restando hoje cerca de 7% a 8% de sua área original. Devido à ocupação urbana e agrícola, as áreas de mata estão cada vez mais isoladas umas das outras, formando pequenas ilhas de vegetação nativa. Desta forma, a maioria das espécies que vivem nesses fragmentos formam subpopulações isoladas de outras que se situam em outros fragmentos. Para muitas espécies, a área agrícola ou urbana circundante pode significar uma barreira intransponível, o que altera de maneira irreversível o fluxo gênico entre as subpopulações e compromete a perpetuação destas na natureza (Galindo-Leal; Câmara, 2005).

Ações de conservação

1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: Presente na Lista de espécies da flora ameaçada de extinção do Rio Grande do Sul na categoria "Em perigo" (EN) (CONSEMA-RS, 2002).

4.4 Protected areas
Situação: on going
Observações: Protegida por unidades de conservação (SNUC): Parque Estadual Mata dos Godoy, no Estado do Paraná (CNCFlora, 2011).

Usos

Referências

- LOPES , S.F.; SCHIAVINI, I.; OLIVEIRA, A.P.; VALE, V.S. An Ecological Comparison of Floristic Composition in Seasonal Semideciduous Forest in Southeast Brazil: Implications for Conservation., International Journal of Forestry Research, 2012.

- DUQUE-BRASIL, R.; SOLDATI, G.T.; ESPÍRITO-SANTO, M.M.; D'ÂNGELO-NETO, M.Q.S.; COELHO, F.M. Composição, uso e conservação de espécies arbóreas em quintais de agricultores familiares na região da mata seca norte-mineira, Brasil., Sitientibus série Ciências Biológicas, v.11, p.287-297, 2011.

- RUSCHEL, A.R.; NODARI, E.S.; GUERRA, M.P.; NODARI, R.O. Evolução do uso e valorização das espécies madeiráveis da floresta estacional decidual do Alto-Uruguai, SC., Ciência Florestal, v.13, p.153-166, 2003.

- LUZ, G.R.; MENINO, G.C.O.; MOTA, G.S.; NUNES, Y.R.F. Síndromes de dispersão de espécies arbustivo-arbóreas em diferentes fitofisionomias no norte de Minas Gerais. ParlaMundi, 2008.

- FIASCHI, P. Aralia warmingiana in Aralia (Araliaceae) in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB005098>.

- LEAL, I.R.; SILVA, J.M.C.; TABARELLI, M.; LACHER JR., T.E. Mudando o curso da conservação da biodiversidade na Caatinga do Nordeste do Brasil., Megadiversidade, p.139-146, 2005.

- GALINDO-LEAL, C.; CÂMARA, I.G. Mata Atlântica: biodiversidade, ameaças e perspectivas. In: GALINDO-LEAL, C.; CÂMARA, I.G. Belo Horizonte: Conservação Internacional, 2005.

- CONSELHO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE, RIO GRANDE DO SUL. Decreto estadual CONSEMA n. 42.099 de 31 de dezembro de 2002. Declara as espécies da flora nativa ameaçadas de extinção no estado do Rio Grande do Sul e da outras providências, Palácio Piratini, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, 31 dez. 2002, 2002.

Como citar

CNCFlora. Aralia warmingiana in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Aralia warmingiana>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 11/06/2012 - 18:24:22